Quotidiano do meu pensamento
Não adormeças! Não
adormeças…! Não adorme…
São 6:30?... 6:30? – Certamente
o despertador foi desligado como por magia. E o autocarro? – não posso
perdê-lo, não posso perdê-lo!
Já passou…, já não vou
conseguir ir à aula…, vou ficar mais confusa do que já estou…, vou chumbar?
Uuuuf… É com a
imagem do autocarro a contornar a curva que, de um momento para o outro, todas
estas preocupações se desvanecem do meu pensamento atual para apenas se
estacionarem no seu canto, onde hão-de ser postas de novo na estrada da minha
mente.
E se alguém, que vai
todos os dias sentado, me desse só por esta vez o lugar? – Acabam por ser
estas caras já familiares que me clarificam em relação a esta pergunta e ao
egoísmo dela ou, diria eu, justeza. São estas mesmas caras que continuando
imóveis, me dão a resposta.
Chego à faculdade, à sala e, depois de uns momentos, à
confortável estação do pensamento direcionado da aprendizagem que me obriga a
desfocar todas as impertinências espalhadas na vastidão das minhas ideias.
É com o fim do dia que, deixando o pensamento concreto de
cada matéria, me vejo outra vez a conduzir junto das minhas preocupações e a
atropelar conscientemente a acalmia do caminho.
Tenho tanta coisa para
fazer, trabalhos, testes. Como é que nada pode esperar um pouco pelo repousar
do meu estado de espírito?
Aprender
consegue ser tão incrível. O problema é o stress
que se sobrepõe a tudo por ter de fazer tantos testes e trabalhos. Penso
como seria bom se a faculdade só implicasse aprender, discutir e fazer
trabalhos que os próprios alunos propusessem, sem obrigações, nem avaliações. Estou
certa de que adormeceria muito mais tranquila.
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