É com base marxista que Walter Benjamin nos conta como as transformações tecnológicas ao longo dos séculos influenciaram a reprodução da arte que, por sua vez é influenciada pela materialidade. O mundo das artes visuais que continha formas de reprodução mais rudimentares já permitia às populações a reprodução de obras de arte, mas jamais seria possível reproduzi-las em massa, como, com o aparecimento das novas tecnologias de reprodução, podemos observar a partir do século XX. No seu texto, entendemos que conforme o período histórico e as suas condições de reprodução, vamos obter diferentes formas de contacto com o sensível. Numa sociedade mais campestre e vinculada aos recursos naturais, a perceção de quem dela faz parte é mais simples- amanhece, entardece e tudo se repetirá, por isso, uma obra é mais simples do que provavelmente para alguém que cresceu numa sociedade rodeada de tecnologia, por exemplo. Condições e momentos diferentes criam perceções diferentes e, consequentemente, ideologias diferentes e é inevitável que, com o aparecimento destas tecnologias, o distanciamento de um individuo com uma obra e a sua aura seja menor.
Recuando no tempo, até quando se produzia uma escultura a partir de um único bloco de pedra, percebemos que essa singularidade artística é já muito difícil de alcançar- a obra não tinha um público, tinha apenas a sua aura para a louvar e, hoje em dia, talvez um pouco por causa do cinema e fotografia, formas de arte pensadas para uma população em massa, perde-se a autoria, a individualização e a unicidade. Estamos mais próximos da arte, não só para a podermos contemplar, mas também como ativistas, sendo que esta arte ganhou uma função social.
Vivemos numa era digital e, quer queiramos quer não, esta perda de unicidade faz parte do nosso quotidiano graças à importância que as redes sociais tomaram por exemplo. Cabe a cada um escolher o que consome e como utiliza a sua voz.
Recuando no tempo, até quando se produzia uma escultura a partir de um único bloco de pedra, percebemos que essa singularidade artística é já muito difícil de alcançar- a obra não tinha um público, tinha apenas a sua aura para a louvar e, hoje em dia, talvez um pouco por causa do cinema e fotografia, formas de arte pensadas para uma população em massa, perde-se a autoria, a individualização e a unicidade. Estamos mais próximos da arte, não só para a podermos contemplar, mas também como ativistas, sendo que esta arte ganhou uma função social.
Vivemos numa era digital e, quer queiramos quer não, esta perda de unicidade faz parte do nosso quotidiano graças à importância que as redes sociais tomaram por exemplo. Cabe a cada um escolher o que consome e como utiliza a sua voz.
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