Max Horkheimer e Theodor Adorno descrevem a indústria cultural, gerada pelos efeitos da tecnologia industrial sobre as obras de arte e informações, como sendo organizadas para favorecer o consumo e especialmente o lucro. A submissão da cultura aos interesses económicos e ao consumo reforçava as desigualdades sociais e incentivava o capitalismo.
A própria arte tornou-se um produto do consumo e do entretenimento. Além disso, os tempos livres passaram a ser utilizados com produtos da indústria cultural, mercadorias fabricadas tecnologicamente para a diversão e transformou o lazer em extensão do trabalho operário, quando ele deveria ser uma libertação momentânea deste.
Relação entre cultura e o comércio ocorrem, por exemplo, na apresentação de produtos em filmes, novelas e programas ou na associação da marca de programas, personagens ou pessoas a produtos fabricados para o consumo. Por outro lado, a industria tem o poder de estimular e enganar o desejo humano de posse e consumo: promete e não cumpre, cria necessidades sem as haver estabelecendo os limites da satisfação possível.
Produtos culturais são queridos por oferecerem um poder e satisfação que o consumidor jamais alcançará. Cinema e televisão, são exemplos do que é serem capazes de estimular o consumo por meio do merchandising de certos produtos, aplicando formas de sedução e impondo seus padrões de beleza. Assim, estes acabam a vender imagens inatingíveis de felicidade e sucesso, além da falsa impressão de que só poderiam ser obtidos quando os padrões impostos se realizassem.
Walter Benjamin exaltou um aspecto na reprodução técnica de obras de arte. Para ele a arte é suscetível à reprodução. Todas as épocas imitaram obras de outros génios, para aprender, difundir ou falsificar e com isso, obter lucro. Contudo, com o avanço da industria até aos dias de hoje, podemos constatar que a fotografia e o cinema não pararam de crescer e com isso também cresceram as formas de reprodução. Essa reprodução técnica tirou então a sagração da origem da arte, transformando-a em algo artificial e repetitivo. Com isto, será necessário politizar a arte e rever os limites do cinema de modo a que não se torne mais uma coisa banal e algo que servia para "encher chouriços"
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